Passagem rápida para compensar a ausência com uma das grandes novidades do ano, acabada de sair a 27 de Agosto: What Went Down.
A espera foi longa e o entusiasmo proporcional. Na realidade, estava mais ansiosa por este que é o quarto disco de originais dos Foals do que pelo álbum-sensação do momento. (Os Tame Impala que me perdoem, mas Currents anda ali perto do been there, done that. Também ajuda o facto de as rádios não se cansarem de passar as músicas novas e as antigas a toda a hora. Um pouco de contenção, vá lá.)
Os Foals foram aguçando o apetite com o primeiro single, ‘What Went Down’, e ‘Mountain At My Gates’. Há poucos dias, revelaram ainda uma cover de ‘Daffodils’, a contagiante colaboração de Mark Ronson com Kevin Parker e mais uma prova de que o génio dos Tame Impala está em todo o lado.
À primeira escuta, as preferidas são ‘London Thunder’ (peça calminha que oscila pouco no ritmo), ‘Snake Oil’ (o toque voraz do alinhamento) e ‘What Went Down’ (que representa tão bem o álbum). No geral, há menos raiva daquela que os Foals sabem tão bem entregar. (Quem nunca cantou “I can’t get enough space”, de ‘Inhaler’, no trânsito?!)
Há músicas demoradas, estruturadas e maduras. What Went Down vem depois da consagração de Holy Fire. E chega a tempo da despedida do Verão, que este é um álbum para se ouvir longe das praias e dos sunsets.
Fica só mesmo a faltar o concerto em Portugal.