Crystal Castles

As bandas que nos deixaram em 2014

RIP-bandas-2014-Filipa-Moreno-LookMag_pt00

Ler artigo originalmente publicado na Look Mag

O Stereogum lançou o mote: vamos homenagear as bandas que decidiram acabar em 2014, partindo os corações dos fãs. Por cá, aproveitámos a dica para recordar algumas das alegrias que estas bandas nos deram durante o seu tempo de vida. Que o fim do ano não é só tops de melhores álbuns, serpentinas e champagne!

O fim mais badalado foi talvez o dos Crystal Castles. Chegou em Outubro e ninguém queria acreditar quando Alice Glass e Ethan Kass anunciaram que seguiriam cada um o seu caminho. Ficam 10 anos de existência, algumas passagens por solo nacional e uma colaboração com Robert Smith.

Quanto aos The Knife, a break up surgiu pouco depois da estreia em Portugal, para desgosto dos fãs que tiveram a possibilidade de ver o duo sueco no festival Vodafone Paredes de Coura 2013. O legado? Seis álbuns. Não se queixem.

Dos The Rapure já não se conhecia disco novo desde 2012, altura em que lançaram o derradeiro “In the Grace of your Love”. Na memória fica a apresentação no Super Bock Super Rock 2012.
Fã confessa de The Whitest Boy Alive, tenho de chorar a despedida da banda. O grupo existia desde 2003 e deixa uma curiosa e homogénea discografia, de onde se destaca “Rules” (2009) como melhor registo. Fica a certeza de que continuaremos a ver o vocalista Erlend Øye, ele que agora não quer outra coisa senão visitar Portugal. Os fãs agradecem.

Os Klaxons foram mais espertos. Anunciaram este ano que a próxima tour será a última, num tweet que deu cabo da Internet – «after what’s been nearly 9 bananas years we’d like to let you know that we’ve decided the upcoming dates will be our last headline tour». Que é como quem diz: não se apressem a comprar bilhetes e depois chorem, que isto é coisa para acabar já no próximo ano e depois não há holograma que vos valha.

Enterrados os veteranos, não podemos fechar o ano sem olhar para projectos recentes que seguiram a máxima “o que é bom acaba depressa”. Os americanos Death Grips, por exemplo, apareceram em 2010, rebentaram em 2012 com dois álbuns (“The Money Store” e “No Love Deep Web”) e relações conturbadas com editoras e, dois anos depois, acaba-se tudo. Fica um curto percurso mas uma marca definitiva na indústria da música.

Os Darkside, que também nos abandonaram em 2014, vão deixar saudades. Nicolas Jaar e Dave Harrington têm, porém, outros projectos para oferecer àquelas que ficaram agarrados ao EP homónimo (2011) e ao álbum de estreia. “Psychic” (2013) recebeu 9 pontos na tabela da Pitchfork e foi considerado pela publicação o 11º melhor álbum do ano passado. Soube a pouco.